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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

O SONO E O SONHAR

               Apesar de muitas pessoas não se lembrarem de seus sonhos todos os dias, sonhamos diariamente lembrando ou não deles. Já existem estudos que comprovam que todos os mamíferos sonham.

Como o cérebro não diferencia o sonho da realidade, muitas vezes temos sonhos bastante nítidos, e recordamos de experiências que parecem reais. Quantas vezes ouvimos alguém dizer: “Nossa, o sonho foi tão real!”

   Fonte imagem: http://www.pontodicas.com/filtro-dos-sonhos-significado-e-como-fazer.html

Isso acontece porque algumas características das ondas cerebrais durante os sonhos, são bem parecidas com as dos momentos de vigília. Mas temos uma espécie de “proteção” no cérebro, que desliga uma parte do tronco cerebral para que não tenhamos estímulos motores, assim evitamos ter reações físicas que possam machucar alguém a nossa volta, ou a nós mesmos. Os sonâmbulos não conseguem desconectar essa parte do tronco cerebral corretamente, por isso as reações motoras são tão fortes colocando a pessoa em perigo. O correto seria durante um sonho, termos atividade cerebral máxima, e atividade motora mínima.

Apesar disso, os olhos quando estamos sonhando, se movimentam muito. Por isso esse estágio do sono é chamado de REM (Rapid Eyes Movement). Quando acordamos durante esta fase do sono, normalmente nos lembramos do sonho com clareza de detalhes.

“As razões para explicar o sono REM não são muito claras, mas parece que ele facilita fenômenos como armazenagem de memória, manutenção do equilíbrio cerebral durante o repouso corporal e, entre as crianças, acredita-se acelerar o desenvolvimento do cérebro e a coordenação dos olhos. Todos estes objetivos potenciais do período do sono REM indicam que o cérebro que sonha é um sistema de auto-organização. Funções psicológicas se sobrepõem às funções neurológicas.” (Krippner, 1998: pg 12.)

Como nossa percepção da realidade possui aspectos inconscientes, temos nos sonhos experiências que nos parecem “estranhas”, pois nos chegam com conteúdo simbólico, sendo que muitos estudiosos chamam essa simbologia de “mitos pessoais” que provém do nosso inconsciente, assumindo essas formas simbólicas que funcionam como códigos de aspectos complexos do homem e sua psique.

Por este motivo, os sonhos podem ajudar o sonhador a encontrar seus mitos pessoais, e assim tornar conscientes assuntos e problemas pessoais que desta forma, poderão ser trabalhados.

Para isso, devemos adquirir o hábito de manter um caderno na cabeceira da cama, para tomarmos nota dos sonhos assim que acordamos, pois depois de um tempo a tendência é esquecermo-nos deles. O ato de registrar os sonhos, além de fazer com que se consiga trazer conteúdos importantes e inconscientes para o consciente,  também estimula a criatividade durante o período noturno.

Caso não se tenha essa facilidade para lembrar dos sonhos, podemos fazer uma auto sugestão antes de dormir dizendo “Vou me lembrar do sonho quando acordar”, repetindo esta frase várias vezes antes de dormir. Após algumas noites os resultados começam a aparecer.

Jung considera os sonhos reveladores de nós mesmos, onde podemos estar ignorando, suprimindo ou deixando de utilizar aspectos importantes da psique, sendo que esta atividade espontânea do sonhar pode desvendar esses aspectos, e muitas vezes indo além do inconsciente pessoal, atingindo o inconsciente coletivo, onde ficam guardadas informações comuns a toda raça humana.

Para Jung, devemos dar bastante atenção aos sonhos, pois estes estabelecem pontes entre o consciente, o inconsciente e a matriz arquetípica da psique, tornando-se uma poderosa ferramenta clínica na busca do autoconhecimento e da individuação.

“O homem se conhece por seus sonhos.” Platão



Cláudia Hoffmann - ABPCM 0096 / RTA 9094674

Parapsicóloga, Terapeuta Transpessoal,
Iridologista e Naturopata no SPA do SER


Referências
1.  SIMÃO, Manoel José Pereira. Apostila do Seminário 12, Turma 3: Jung, mitologia, simbolismos e sonhos em uma perspectiva transpessoal. Joinville, Unipaz, 2014.
2.  JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus Símbolos. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
3.  STEIN, Murray. Jung – O Mapa da Alma. 5 ed. São Paulo: Cultrix, 2006.
4.  KRIPPNER, Stanley. Sonhos Exóticos – Como utilizar o significado dos seus sonhos. São Paulo: Summus, 1998.
5.  SOMOS TODOS UM. O Papel dos Sonhos para Jung. Disponível em: http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=33593. Data acesso: 06/11/2014.

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